- Autor: Simone Pedrolli
ONU Brasil promove Seminário Reabertura Segura das Escolas
Nesta quarta-feira, 7 de julho, as agências da Organização das Nações Unidas no Brasil realizaram o Seminário Reabertura Segura das Escolas. No Seminário foram apresentados três painéis com especialistas nas áreas de saúde e educação das Nações Unidas, da sociedade civil, de sindicatos, da gestão pública municipal e do Governo Federal. O evento teve como objetivo discutir os impactos dos fechamentos das escolas, os desafios que o Brasil enfrenta para garantir os caminhos e a reabertura segura e sustentável das aulas presenciais.
Convidado para falar pela pasta, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou que o Brasil já tem um cenário seguro para reabrir as escolas públicas e retomar as aulas.
“O Brasil vem avançando com a campanha de vacinação, os professores foram incluídos entre os grupos prioritários e temos um número crescente de professores imunizados ao menos com a primeira dose das vacinas. Assim, já temos um cenário seguro para reabertura das aulas em nosso país”.
Apesar de terem sido incluídos como prioridade na campanha de vacinação contra a covid-19, nem todos os professores já tomaram as duas doses necessárias para a imunização completa contra a doença. No entanto, Queiroga defendeu recentemente o retorno dos profissionais da educação ao trabalho presencial, mesmo sem as duas doses da vacina.
“No meu entendimento, não é fundamental que todos os professores estejam imunizados com duas doses para o retorno às aulas", afirmou o ministro da Saúde durante uma audiência pública realizada no Senado em junho.
Portaria
Nesta terça-feira (6/6), Queiroga informou que o governo federal trabalha em uma portaria interministerial para disciplinar a volta às aulas, e durante a fala na abertura do seminário (07), voltou a citar o mecanismo que será preparado por diversas pastas, como a da Educação e a da Saúde. Queiroga acredita que a medida é necessária “para que tenhamos uma política homogênea em nosso país”.
"Atualmente todos estão de acordo sobre a necessidade do retorno às aulas. Não podemos ficar mais de um ano e meio sem aulas, com as consequências que já foram apontadas. Cabe a nós, gestores públicos, buscarmos as soluções para que esse problema seja resolvido e não haja um prejuízo maior ainda para as nossas crianças”.
No entanto, outras autoridades se preocupam com a afirmação do ministro e divergem quanto ao tema.
O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, afirmou que o retorno às escolas precisa ser feito com cautela.
“Não dá para, simplesmente, dizer que com uma dose está ok e vamos todo mundo para sala de aula de novo. É preciso ter calma! Talvez seja o momento de planejar, conversar. A gente está pertinho de ter a segunda dose dos professores. Volta com cuidado, com cautela. Não precisa apressar as coisas”, disse.
A representante do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no Brasil, Florence Bauer, mencionou que a escola não é um espaço exclusivo para ensino, mas garante segurança das crianças em diversos aspectos. Para ela, as populações mais vulneráveis estão tendo dificuldades de continuar a estudar e o impacto disso ocorre na saúde mental, na violência, no trabalho infantil e até na nutrição das crianças.
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Fonte: Ascom
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